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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Parte IV – Meu, eternamente meu.

Eu quero ele só pra mim. Seu coração vai ser meu. Era uma promessa, você ia me amar para toda a eternidade. Dei um passo em sua direção, minhas pernas mutiladas doeram, mas eu não me importei com a dor, ela não era nada comparada ao meu coração dilacerado e cego de amor doentio. Dei outro passo, afirmando a faca em minha mão. Ele se afastou, mas não tinha saída. Cheguei mais perto, ele estava encostado na parede, aquele rosto angelical a centímetros do meu, então eu sussurrei: "Você foi e sempre será meu, e aquelas juras de amor eterno? Hoje, você terás que cumprir. Teu coração foi e sempre será meu." Dizendo isso, eu loucamente levantei a faca e perfurei seu peito. Tirei a faca ensaguentada e arranquei com minhas próprias mãos, aquilo que ele chamava de coração. Agora era só meu, seu coração era eternamente meu. Totalmente cansada, eu deitei no chão – agora vermelho de sangue – e fiquei ali, respirando lentamente, com o coração do meu amor. Eu tinha esperança de que as vozes morressem junto com ele, mas não aconteceu. As vozes continuavam ali comigo. Continuavam a me atormentar. De repente eu ouvi uma sirene – no começo achei que fossem coisas da minha mente perturbada, mas depois vi aquela menina com a cabeça entre os joelhos, soluçando. Ela havia chamado a policia, só pode ser, que vaca! "Mate-a! Mate-a!" gritavam as vozes. "Ela estragou sua vida, ela roubou seu amor." Calem a boca, eu queria gritar. Não agüentava mais aquelas vozes a me torturar. Permaneci deitada com aquele pequeno órgão –agora sem vida. Vi dois homens fortes entrarem na sala e vieram em minha direção. Eles queriam o meu coração? Eu não ia deixar eles tirarem a coisa mais importante da minha vida de mim. Então apertei-o forte contra meu peito, e deixei que as vozem me levassem. Parei de respirar.


Por Amanda Marchionatti e Marie Lindofer

sábado, 29 de maio de 2010

Parte III – A verdade me destrói.

Olhei-me no espelho, não acreditei que fosse eu. No reflexo, estava uma garota horrível e machucada, eu não queria mais ver aquela imagem. As vozes gritaram, achei que ia ficar surda. Chutei o espelho com a maior força que pude. Elas ainda estavam gritando, me chamando para as trevas. Eu estava atordoada, então sai de casa, e fui procurar por Marcos. As lagrimas escorriam dos meus olhos, queimando a minha face, eu comecei a correr, queria vê-lo de novo. Eu precisava vê-lo de novo. Quando cheguei em sua casa, escancarei a porta, louca pra me jogar em seus braços. Mas quando eu entrei, ele não estava a minha espera – arrependido por ter me trocado, pelo contrario, vi você e ela no sofá, entre os beijos. Aquele sofá, onde foi nosso primeiro beijo. Meu coração tropeçou, disparou e recuperou os batimentos com o dobro da velocidade. Eu não podia acreditar no que eu estava vendo. Não pode ser. Isso não pode estar acontecendo. Senti o sangue escorrendo nos meus pulsos machucados. Só agora percebi que não tinha largado a faca que eu raptei da minha cozinha. Foi ai que eu gritei. Não por estar sentindo dor, mas sim por ter sentido o meu coração parando... Batendo tão fracamente.

Tudo doía. O ódio nunca foi maior, fervia em minhas veias doloridas. Olhei para a faca em minha mão, não sabendo exatamente o que fazer. Pensei em enfiá-la na minha garganta para dar um fim em tudo, mas não daria este prazer a eles. Então me ocorreu uma idéia (Eu não consigo me acostumar com idéia sem acento z/). Eu agi sem pensar, só queria acabar com aquilo de uma vez. Fui correndo cravar a faca no coração daquela vaca, mas ele se levantou e eu não queria feri-lo, eu o amava demais... Empurrei ele contra a parede para tira-lo do caminho, e como louca, esmaguei estomago dela nas costas do sofá, puxei a faca ensangüentada, olhei para Gabriel e disse: “Ainda da tempo de ficarmos juntos, meu amor.” Ele balançou a cabeça negativamente, tenho que admitir que isso feriu mais um pouco o meu coração, mas ele já estava aos pedaços mesmo. Pensei que nada poderia ficar pior, mas ele olhou diretamente nos meus olhos vermelhos e disse:”Jennifer, vou te dizer pela ultima vez. Eu não te amo mais. Não sinto exatamente nada por ti, e faz tempo. Nesses últimos nove meses você fez de minha vida um inferno! Você é louca. Olha o que você esta fazendo! Saia daqui, agora. Fiquei longe de mim e da Rebeca. Eu não quero mais te ver, nunca mais. Saia da minha vida, Jenni”. Foi ai que eu senti meu coração sendo amassado. Lagrimas começaram a cair dos meus olhos cansados. O que ele disse me destruiu, eu estava derrotada. Ele havia me trocado. Ele não me amava mais, como eu iria viver? Levantei-me.


COONTINUA


Texto escrito por Amanda Marchionatti e Marie Lindorfer

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Parte II – Eu preciso de você aqui!

Como podes destruir um coração que te amavas tanto? Que batia apenas por você. Como podes me enganar todo este tempo. Como teve coragem de iludir-me com estas falsas canções de amor? Sinto-me tão idiota. Eu sempre acreditei nas tuas falsas palavras, eu me apeguei a eles de tal maneira, que não consigo dormir sem ouvir sua voz. E eu sei que eu preciso delas pra voltar a respirar normalmente. Eu preciso delas pra sentir-me bem. Preciso da tua voz para me acalmar. Para mentir que eu sou legal. Preciso do calor dos teus braços. Preciso do teu abraço, para me sentir protegida. Preciso dos teus olhos para não perder a direção. Preciso do teu sorriso para me fazer esquecer do mundo. Preciso de ti. Apenas você é minha cura. Por favor, volte para mim. Eu preciso te ver sorrindo, fazendo me sorrir também. Eu quero estar ao teu lado novamente para me sentir inteira, pois sem você eu sou vazia, sem você, eu não sou ninguém. Teu lugar é aqui, do meu lado. Sempre foi. Volte para o teu lugar, meu amor. Eu te quero muito mais, sem você eu não quero acordar, eu só quero sonhar, com o paraíso, onde só há você e eu. Pelo menos em meu sonhos tudo esta em seu lugar. Os dias pareciam correr bem, contigo aqui. Mas eu tenho que encarar a realidade, você não esta ao meu lado, e aquele seu amor que antigamente me motivava, não existe mais.

Não sei porque ainda tento levantar, se eu não vou conseguir, você era meu porto seguro. Agora estou sozinha, perdida, sem direção. Cai num posso escuro, e lá estou eu, implorando para que eu morra. E então de novo eu senti medo. La estava escuro, eu ouvia ruídos, não adiantava gritar, pois ninguém me ouviria, ninguém nunca me ouviu. Eu estava perdida. Eu estava sozinha. Eu estava machucada. Eu estava sangrando. Eu estava louca! Não agüento viver neste inferno, preciso dar um jeito nisso, eu quero por um fim na dor insuportável. Queria arrancar de qualquer jeito este sentimento dormente que infiltrou cada veia de meu corpo mutilado, cansado de tentar. Mas só havia um jeito. De repente comecei a sentir ódio, você me destruiu, você fez de minha vida um filme de terror, mas isso vai acabar. Agora. Você me prometeu amor eterno. Foi a pior mentira que você inventou, mas agora você cumprirá. Pois você vai ser meu, pra sempre, só meu. Você ira cumprir a sua falsa promessa. Envolvida em um turbilhão de sentimentos, como a raiva e o rancor, fui a cozinha. Eu não sabia exatamente o que eu ia fazer, mas eu queria vingança. Se você não estivesse comigo. Não estaria com ninguém. Peguei uma faca, sendo comandada pelo impulso.


COOOOOOONTINUA...

Texto escrito por Amanda Marchionatti E Marie Lindorfer:

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Parte I – É tudo um pesadelo? Por favor, me acorde.

Eu ouço vozes. Elas sussurram em meus ouvidos. Elas chamam meu nome. Ou será coisa da minha cabeça? Pode ser loucura, mas elas gritam para mim. Será que eu devo segui-las? Será que eu devo deixar elas assumirem meu controle? Não. Eu não vou deixar as vozes dominarem minha mente. Não vou deixar elas dominarem o meu corpo. Mas eu estou com medo, elas gritam, não me deixam em paz. Estou com muito medo. E se elas conseguirem me dominar? O que eu irei fazer? Eu tenho que ser forte, enfrentá-las de frente, eu não quero ter mais medo, eu não quero mais ser fraca. Mas não sei se vou conseguir, não sei até quando vou manter o equilibro. Tudo é complicado, tudo está insuportável. Eu não agüento mais! Será que vou conseguir suportar, sabendo que tudo em minha volta é falso e sujo. Será que vou continuar a carregar nas costas o peso do mundo? Eu não irei conseguir, é pesado demais para mim. Queria respirar normalmente, mas é impossível, eu estou exausta de tentar viver. Não consigo levantar deste chão sujo. Ou talvez eu tenha desistido de tentar ficar de pé. Talvez eu seja uma idiota por deixar você me derrubar. Mas parabéns, você conseguiu, eu estou pior do que nunca. Minha cabeça esta girando. Meus pensamentos estão soltos. Tudo se passa como um borrão pela minha mente. Suas ultimas palavras. Suas ultimas mentiras. Eu não quero lembrar, mas fecho os olhos e vejo você, as vozes gritam meu nome colado ao teu, que porra, eu não quero ouvi-las! Eu não quero lembrar o que eu fui pra você, uma simples distração pra você esquecer, eu não quero lembrar que eu vou acordar, sabendo que meus olhos não vão te encontrar, eu não quero lembrar que chegamos ao nosso fim.

CONTIIINUA...


Texto escrito por Amanda Marchionatti e Marie Lindorfer